Discussão sobre este post

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Avatar de Thamila Santos

Excelente começo de discussão, Juliana. Penso, por ser psi escolar/educacional crítica e atuar há mais de 10 anos com anos iniciais que temos algumas variáveis desse problema. A professora precarizada que não dá conta sozinha de uma sala de aula com 27 crianças que se alfabetizaram na pandemia e que agora estão no 2º ano do fund I com suas pluralidades e demandas acadêmicas E sociais (que faz parte de todo processo de aprendizado). Essa trabalhadora precisa “dar conta” do que falta, do que excede, do que nem se sabe que falta/excede. Essa professora inserida na cultura aprende que algo se justifica fora da sua sala de aula (porque a indústria da medicalização da vida faz muito bem sua publicidade e propaganda). A outra ponta do laço social, família, todo mundo aqui já consegue imaginar. Um laço esgarçado. O outro nó, o mais crítico, que regula todo o resto: sistema educacional colono-capitalista exige, esquadrinha, controla e continua homogeinizante e feito para o “sujeito ideal”: branco, sem deficiência, homem, atento, obediente, domesticado… Se não tivéssemos a variável ESCOLA PRODUTIVA PARA O CAPITAL reduziria drasticamente o boom de diagnósticos e transtornos do desenvolvimento e da aprendizagem. Ano passado me dei conta que nesses 10 anos nunca tinha recebido tantos relatórios de altas habilidades/superdotação. Fenômeno preocupante e sintomático. Com o coletivo fraturado pelas metas, pelas provas, pelos conteúdos, esse professor(a) precisa literalmente escolher para onde vai sua atenção e cuidado. Seu texto é importantíssimo pra gente continuar pensando, criando saídas, desmontando a hegemonia.

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Avatar de Danielle

Artigo necessário, pontuando e colocando os pingos nos issss. Se for para melhorar a educação que melhore para todos sem supervalorização. 🧠✅

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